Eu queria dizer inicialmente que uso uma linguagem meio informal, notará isto no texto.

Bem, eu quase sempre estudei em colégio público. Em 1996 eu mudei de colegial público (estudava à noite) e lá sem esperar revi meu velho amigo Fábio Antônio Lopes. Ele me falou que estudou na ETE (agora ETEC) Getúlio Vargas, mas que foi expulso de lá. E me falou que passou a existir um técnico modular de 1 ano e meio e não precisava mais fazer técnico integrado com o colegial. Achei que aquilo seria minha oportunidade. Eu, sem querer me exibir, sempre fui bem na escola e não tinha dificuldade para estudar. Eu peguei umas apostilas com a minha irmã, que estudava na USP e para mim era referência. Eu estudei em casa e prestei técnico em eletroeletrônica na ETE (também hoje ETEC) José Rocha Mendes. Passei em primeiro lá, fiquei super feliz. Eu cursando o primeiro semestre do técnico, à tarde, achei que estava molezinha (kkk) e resolvi tentar informática na ETE (também hoje ETEC) Camargo Aranha. Lá foi muito mais concorrido e passei em segundo. Eram 40 vagas e eu em segundo tirei 54 de 66 (contando o bônus de 10% para que vinha de escola pública) e o último passou com 44. Curso muito concorrido. Mas foi muito legal. Tenho amizades de lá até hoje. Eu lembro como fiquei emocionado (kkk) quando o Simas Martinelli escreveu em amarelo na tela com Clipper. Parece besteira isto, mas para quem ama programar como eu é muito legal. Bem, fazer 2 técnicos simultaneamente (1 à noite e outro à tarde) me deu a impressão de ser meio vagabundo (kkk) e então eu fui fazer estágio no Banco do Brasil. Saí do estágio depois de trocar do turno da manhã para o da madrugada (o cachorro do vizinho não deixava eu dormir de manhã). Mas 1 semana depois de use sair do BB o CIEE me falou que fui aprovado para fazer um curso preparatório para o CCNA, o Cisco Networking Academy. Eu me dediquei e fui escolhido um dos 8 melhores alunos da turma da manhã e da tarde. Isto me deu a oportunidade de trabalhar em um call-center técnico que a Cisco montou. Eu era terceirizado pela TXT Marcom. Eu fui o terceiro da sala a tirar o CCNA (fotos no meu cadastro no LinkedIN e link para tal cadastro no www.terceiro.com.br). O dono, Wagner Veneri, viu que meu companheiro Eduardo Perestrelo tinha grande potencial (estava certo ele). Então ele contratou o Edu e este me falou que tinha um tal de PHP e ele me colocaria para trsabalhar na TXT se eu aprendesse o PHP. O Edu, meu amigo até hoje, sabia que eu gostava muito de programar. Então eu comprei um livro de PHP (eu sabia um pouco de ASP clássico de web, além de HTML, CSS, JavaScript, banco de dados e VBScript - sim, isto existiu) e mergulhei na ideia.

Antes da TXT eu trabalhei na ASTEC-NT com links SDH, mas não botei muita fé e aliado ao fato de apesar de ser maior de idade, não ter carteira de motorista.

Aí o Edu percebeu uma outra oportunidade e saiu de lá. Então o Wagner pensou: vou contratar uma outra pessoa para cuidar do servidor Linux. Eu já mexia com Linux, mas não conhecia tanto como o Edu. Eu vi um curso no antigo IBTA (hoje Veris) e falei para o Wagner: se você me pagar o curso, eu cuido do servidor. Entre pagar um curso e pagar o salário de um administrador Linux, o Wagner preferiu me pagar o curso com 1 condição: que eu assinasse um contrato de permanência na TXT Marcom.

Eu topei e assinei. Lá na TXT eu desenvolvi coisas como um software para impressão de crachás em impressoras térmicas em eventos e um software para geração de assinaturas e documentei o método para configuração. Além é claro de cuidar do servidor Linux.

O que estou falando está documentado também no LinkedIN (link no www.terceiro.com.br). Tanto deste quanto de outros trabalhos. Aliás no meu site (deste mesmo link) há links para outras coisas, como o meu cadastro no Github, no Codewars, no Bitbucket etc.

Com o tempo o clima interno na TXT Marcom ficou ruim. Muita reclamação por besteira, na mesa de trabalho ou em reuniões, e eu querendo estudar mais para o cursinho que eu estava fazendo no Objetivo e aí a TXT Marcom abriu um programa da demissão volunatária e eu falei para o Wagnão: Wagner, eu quero sair, mas tenho o contrato de permanência. Eu não vou para outro lugar, vou só fazer o cursinho (eu guardava dinheiro e dava para terminar de pagar). O Wagner (muito obrigado, de coração) me permitiu sair e rasgou o contrato.

Bem, eu não segui com redes (o CCNP exigia passar em 4 provas e ou você contratava um lab ou decorava o livro inteiro e torcia para isto funcionar - bem, funcionou para alguns). Eu sou bem conservador na parte financeira, gostava de programação e resolvi não arriscar fazer o CCNP. O pessoal que trabalhava com redes usava carro e eu não tinha carta, isto deu um desânimo de eu encarar o desafio e continuar na área de redes, além do fato de sinceramente eu preferir programar kkk. Eu programava no meu PC de casa e até um Linux eu podia instalar e treinar em casa mesmo, era mais prático.

Estávamos falando do cursinho, né? Eu achava que tinha que fazer faculdade de qualquer forma. O Objetivo, em 2004, era meu segundo cursinho (eu já tinha feito uma parte do Aprove em 2002 e parei porque não dava tempo para me dedicar como eu queria). Bem, era turma de maio e eu comecei trabalhando na TXT. Eu nunca tirei menos de 82 de 100 nos simulados do objetivo, mas era bem receioso. Eu fiz ENEM e errei só 1 questão (acertei 62 de 63). No Objetivo cheguei a ficar em primeiro de exatas nos simulados. Eu estudava o dia inteiro. Para não dormir tomava café, me beliscava kkk e estudava de pé. Para mim, parafraseando o Jon Bon Jovi, era "now or never", eu tinha que passar na faculdade de qualquer forma.

Bem, a Fatec-SP passou por uma greve que envolveu confusão em 2004. Tanto que no semestre em que entrei (passei em primeiro, terceiro no geral, eba!) a turma de agosto começou em setembro ou outubro, atrasou. Bem, sabendo que eu passei na Fatec-SP, estudando lá e gostando, eu larguei o cursinho. Paguei para fazer a prova na USP (Física), mas nem fui. Depois pensei bem e concluí que era mais sensato eu ter prestado Matemática ou Engenharia de Software. Mas eu estava gostando da Fatec-SP e fiquei por lá mesmo.

Durante meus estudos na Fatec-SP eu vivia de freelances. O principal era cuidar da estrutura da Torresan, mas eu fazia freelances com meu parceiro Marcos Borges (meu antigo chefe na Riachuelo).

Quando eu saí da Fatec-SP ficou aquela coisa em mim: você quer enganar quem? Foi legal estudar Mecânica dos Sólidos, Materias de Construção, Ferramentaria, mas o que eu gostava mesmo era de programar.

Aí que o Eduardo Perestrelo (ele é muito importante na minha trajetória mesmo) me falou que um amigo dele, o Eduardo Cordeiro, precisava de alguém que programasse PHP. Eu falei: eu!

Então eu comecei a trabalhar na GritoAD, uma agência administrada pelo Eduardo Cordeiro e pelo Ronaldo Abati. O que eu fazia lá pode ser visto no LinkedIN (link no www.terceiro.com.br).

Eu fiquei lá 1 ano e pouco. A agência faliu, que pena. Aí o Eduardo Cordeiro me apresentou para o Reinaldo Souza, sócio da Promosapiens, na época na 9 de julho (depois foi para o Butantã, em sede própria). Na Promosapiens eu trabalhei com muita coisa, muita de verdade. Detalhes no LinkedIN (link no www.terceiro.com.br). Eu tinha a confiança dos donos lá e chefiava o setor de programação. Por que eu trabalhei com muita coisa lá? Bem, característica de agência, certos softwares são voláteis. Uma coisa que eu adorava na Promosapiens e que quando um cliente pedia uma coisa, o Reinaldo se isolava para desenvolver a ideia e depois vinha com um desafio de fazer isto virar realidade. Era emoção atrás de emoção kkk, e aquele clima de agência, o pessoal fazendo as coisas de última hora. Mas nunca deixávamos a peteca cair :)

Bem, como na época da faculdade, começou a crescer em mim um sentimento de: preciso voltar a estudar. E comecei uma pós-graduação na Universidade São Judas Tadeu da Mooca, ironicamente quase ao lado do Camargo Aranha.

Sinceramente eu era meio receioso. Via o pessoal da São Judas à noite no bar e achava que podia ser bagunçado. Eu estudava nos sábados. Mas sinceramente me surpreendi: o curso foi excelente. E eu conseguia pagar. Não era o preço de uma FIAP da vida.

Na São Judas eu fazia os trabalhos geralmente com o Rodrigo Raminelli e com o Thiago Pelizoni. O último ficava falando da Fundação Cásper Líbero, de Ruby (que até então eu não conhecia) etc. Aí surgiu uma vaga lá e ele me avisou. Eu gostava muito da Promosapiens sinceramente, mas lá eu tinha aquele sentimento de não deixar a bola cair nunca. E para isto acontecer eu tive que começar a assumir certas funções burocráticas que eu não me nego a fazer, mas eu achava que tinha que me desenvolver tecnicamente ainda. Eu via meu amigo e subordinado Marcelo Rocha se desenvolver mais tecnicamente e isto me incomodava, não por ele se desenvolver, mas por ele conseguir se dedicar mais que eu.

Eu sabia que tinha um papel importante, mas vou dar um exemplo: quando aparecia um trabalho, eu já pensava o que precisava e tentava antecipadamente garantir que tudo ia dar certo no dia. Contávamos com o trabalho do Fábio para fazer a infra nos eventos e quando eu via que ia precisar do Fábio, já o avisava, mesmo 3 meses antes do evento kkk. Aí certa vez o Fábio me disse: você é o único que me chama antes assim, os caras me avisam no dia. O pessoal de agência gosta de fortes emoções kkk. Eu perguntei, mas e se você não puder ir, e se estiver viajando? Ele me disse: eu sempre vou. Mesmo assim eu achava muito arriscado. O Fábio era terceirizado, não era fixo da Promosapiens. Avisando antes ele mesmo podia pensar no plano B caso tivesse problemas.

Voltando, Fundação Cásper Líbero. Eu gostava tanto da Promosapiens que falei com o Reinaldo que ia sair segurando o choro. Eu tinha acabado de ganhar o abono quinquenal na Promosapiens e saí pensando no lado profissional mesmo. Eu fazia coisas legais na Promosapiens, mas eu queria ficar focado programando, sem tarefas burocráticas.

Na Fundação Cásper Líbero a primeira novidade boa era ser na avenida Paulista. Eu adoro a Paulista e o pessoal de lá. Tive oportunidade de trabalhar com Ruby/Rails na FCL e até com Node.JS, Cordova e Java. E por que não usou Rails na Promosapiens. Em tecnologia você pode fazer Tang, Sufresh, Mid e sei lá o que, mas tudo é suco. O CakePHP, inspirado no Rails kkk, me atendia. O que dava para fazer com Rails eu já fazia bem com o CakePHP.

Em 2016 (entrei na FCL em 2014) teve um dia que eu tive fortes dores de cabeça e eu fui para o hospital. Detectatam uma meningite que atingiu meu cérebro. Fiquei alguns meses no hospital e, depois de fugir do hospital kkk, me liberaram. Eu tomei Rifampcina + Isoniazida alguns meses e achei que estava "zerado".

Mas em 2018 a doença ficou com saudades e voltou. Fiquei 2018 todo em hospitais e depois de muita insistência minha para voltar a trabalhar (até hoje não renovei minha carteira de motorista e me pedem uns exemes médicos e burocratizam).

Fiquei um tempo na FCL. Aí estávamos no meio da crise do Covid, com corte de custos e eu "rodei".

Aí eu na rua, com o dinheiro da minha recisão, meio desesperado, falei com meus amigos. O Sérgio Toledo falou de uma agência em que o irmão dele trabalhava, chamada Swide. Eu trabalhei lá um tempo, com um framework próprio de PHP. O dono queria fechar com um cilente estrangeiro e não fechou, tendo que me cortar.

Aí voltei a procurar emprego e o Marcão (Marcos Borges) conseguiu para mim uma entrevista na Riachuelo. Veio na hora certa, sensacional. Lá faço parte de um setor estratégico chamado COE (ou COE DEV OPS). Trabalho com Rancher, Kubernetes, AWS (Lambda e SQS por exemplo), além da Azure. Desenvolvi em JavaScript com auxílio do Serverless um bot para integrar com o Slack, que fornece respostas automáticas para novas threads. Uso da AWS o SQS e o Lambda nesta solução.

Não sei não, teve meningite que atacou o cérebro. Será que ele teve sequelas? Bem, veja meus certificados no LinkedIN (link para meu cadastro lá no www.terceiro.com.br). Eu estudo muito e constantemente, mais do que antes até. Eu garanto, desenvolvo normalmente e tenho muita gana e resposabilidade. Estou estudando bastante, desenvolvendo bastante (estou por exemplo com mais de 100 repositórios no Github, fora os que estão no Bitbucket e mais de 600 Katas - desafios de programação - feitos no Codewars).

Sobre minha doença: Caso queira informações mais técnicas, por favor veja este link.